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sábado, 23 de junho de 2012
O menino do dedo verde
A primeira vez que li O Menino do Dedo Verde, tinha por volta de 11 anos e foi para um trabalho da aula de Português. Fomos até assistir a peça no Teatro Princesa Isabel, aqui no Rio de Janeiro.
Tempos depois, em 2010, tive o prazer de reler essa maravilha, pois o musical que escrevia para a apresentação de final de ano da escola em que trabalho, era baseado nele.
A história foi escrita em 1957 pelo francês Maurice Druon e ainda está atual nessa época em que as pessoas se preocupam cada vez mais com questões ambientais.
Tistu é um menino especial, filho do Senhor Papai e de Dona Mamãe, mora na cidade de Mirapólvora. Pouco tempo depois que entrou na escola foi expulso, pois dormia nas aulas.
Sua família, então, decide que sua educação será na prática, vivenciando as coisas. Seu primeiro professor é o Senhor Bigode, o jardineiro da casa. Foi aí que Tistu descobriu que tinha o dedo verde. Onde ele encostava o seu polegar, nasciam plantas e flores.
Separei algumas frases interessantes do livro. Quem ainda não leu, não deixe de fazê-lo.
“Em que você está pensando Tistu? – perguntou-lhe um dia Dona Mamãe. Tistu respondeu:
- Estou pensando que o mundo podia ser bem melhor do que é.”
“Tistu teve a impressão de que o sol perdia o seu brilho, o prado se tornava escuro e o ar difícil de respirar. São os sinais de um incômodo que as pessoas grandes pensam que só elas sentem, mas que as pessoinhas da idade de Tistu sentem também.”
“O Sr. Papai se lembrou das palavras do Sr. Trovões: A gente não pode se opor às forças da natureza.
É claro que nada podemos contra essas forças, refletia Sr. Papai, mas podemos pô-las a nosso serviço.”
“Tistu pôs o chapéu de palha para ir à aula de jardim. O Senhor Papai havia julgado melhor começar por aí. Uma lição de jardim, é uma lição de terra, essa terra que caminhamos, que produz os legumes que comemos e o capim com que os animais se alimentam.”
“Aprendi que a medicina não pode quase nada contra um coração muito triste. Aprendi que para a gente sarar é preciso ter vontade de viver. Doutor, será que não existem pílulas de esperança?”
“Quando os grandes falam em voz alta, as crianças não os ouvem, mas quando as pessoas grandes começam a falar em voz baixa e a dizer segredos, logo os meninos apuram o ouvido e procuram escutar justamente aquilo que não lhes queriam dizer.”
“Uma ideia que se instala em uma cabeça em breve se torna uma resolução. E uma resolução só nos deixa em paz quando a pomos em prática.”
“Para cuidar direito dos homens é preciso amá-los bastante.”
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