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sábado, 28 de junho de 2014
Breve relato de uma aluna de dublagem
Dia 29 de junho é o Dia do Dublador. Para quem ousa pensar o contrário, dublar é difícil. Não se assiste ao filme todo antes, não se leva o texto para casa. Muitas vezes chega-se ao estúdio (e toda semana ao curso) sem saber nada sobre o personagem que será dublado. O tempo é curto para entender a cena, perceber as características do personagem, ler o texto, compreender o sentido do que será falado, ver se as frases estão grandes demais e cortar palavras, ou se estão curtas e acrescentar mais alguma coisa, marcar as pausas, as reações, ensaiar... Ufa! Já passou o loop e não deu tempo, foi rápido demais.
“Pode passar de novo?“ “Ah, já foi a terceira vez?” “Vamos gravar, então.” Essa é a vida dos alunos dos cursos de dublagem, pretendentes a futuros profissionais da área. Quem ama a dublagem, ama de verdade!
É preciso ser rápido, atento, criativo, olhar para tela, para o papel e de novo para a tela, tudo ao mesmo tempo agora.
Dublar requer prática, treino, percepção. Dubla-se o mexer da boca, mesmo que no original não saia som algum. Loucura isso? Talvez você nem perceba, nem se dê conta ao assistir na T.V. ou no cinema do minucioso trabalho que é.
Meu total respeito e admiração aos dubladores que muitas (e muitas) vezes fazem um trabalho melhor do que o ator original, salvando o filme. E a nossa versão brasileira que coloca uma pitada a mais nas produções, nos deixando mais próximos dos personagens.
A todos os dubladores que estão há anos no mercado, aos que estão começando, aos colegas de curso, aos professores que partilham de tão boa vontade seus conhecimentos a quem, humildemente, tenta aprender um pouco dessa arte, que tantas vezes passa despercebida, eu desejo um Feliz Dia do Dublador! E muito obrigado! Alessandra Mourão
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